a cada momento
nasce um novo medo
ele me olha, medonho
e treme amedrontado
é que nem todos os filhotes: indefeso
e o mundo é dele
eu saio correndo e o medo vem atrás
me querendo
até que ele cresce
tanto que eu nem o vejo
e vai viver sozinho
o mundo é habitado
por medos emancipados
eu fico tranquilo
andando entre eles
não tenho mais susto
até que à frente
(até tinha esquecido!)
outro medo aparece
e a gente começa
tudo de novo
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