passada a vida
aos filhos às tarefas da cozinha
agora pinta quadros
dados como cria de gata
estradas de terra cercadas de flores
correm cavalos apenas imaginados
com pincéis sem jeito
anatomia falha
espalha sua obra assinada
um nome nada singular
quando termina outro bicho
bruto e belo querendo sair da tela
ao lado do saco de biscoitos
no silêncio da sala arrumada
sente o trote no peito
inspira a fumaça levantada
e abre passagem
para outra cavalgada
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