segunda-feira, 10 de março de 2014

me espanta que tenha tanto
vento entre as montanhas e terra
em movimento e oceanos feitos
de superfície e profundeza
um monte de bichos dentro
as praias devolvendo
aos olhos água externa
salgada como a deles mesmos
nós sólidos até que a morte
mostre o solo sem movimento
oxigênio de outros vivos um ar
azul visto de fora no centro
um fogo desconhecido

nasce e soterra muita gente
lava laranja pedra noite fico
espantado com tanta coisa
que me parece tédio constante
grandiosos mesmos elementos
combinam-se e causam o que parece
cansaço acaso e um invisível
sopro feito de imperioso
inquieto fogo desconhecido

Nenhum comentário:

Postar um comentário