queria que cada bloco pudesse ser resumido num número de páginas meia dúzia de links "taí o que me aconteceu de 2011 em diante" fecha a conta passa pro próximo bar, um garçom cansado atende os pedidos a esta altura eu já tenho outra vez
sede e fome, começa tudo de novo: os sabores os porres, lidar com a conta, encontros, amigos e bêbados inconvenientes, uma chuva nos prende debaixo do toldo que cai e os baldes com a água pra fora amanhece sabão escorregando os nossos pés,
no bar todo caso é igual, meu caso é mais um, é banal
mas preste atenção por favor: então digo outra vez "taí o que me aconteceu desde", completa datas e outra partida, mesa, esquina
*
deus me livre das lombadas dos códigos de barras do anonimato do clube de leitura do prêmio quelônio do dinheiro dinamite de ser reconhecido na fila do mercado de ser encontrado semidecomposto num quarto solitário comido pelo gato indigente cercado de parentes da tristeza perpétua da vontade de viver de ter muitos amigos de não os ter ganhar biografia direitos autorais esquecido pelas traças do banco de dados dos homens do tempo de continuar aqui agora pra sempre escrevendo de não ter o que escrever amém, seja o que for, amém
*
quando descobrir
outro planeta
a sucessão de letras
pra que serve
vai se sentir
um tanto tonto
"ah era isso"
"se eu soubesse"
fecha a conta
bate o ponto
não paga e some
dos desejos
e de todos
os outros
*
enquanto isso
mais ou menos
sete bilhões de pessoas
estão vivendo
sede e fome, começa tudo de novo: os sabores os porres, lidar com a conta, encontros, amigos e bêbados inconvenientes, uma chuva nos prende debaixo do toldo que cai e os baldes com a água pra fora amanhece sabão escorregando os nossos pés,
no bar todo caso é igual, meu caso é mais um, é banal
mas preste atenção por favor: então digo outra vez "taí o que me aconteceu desde", completa datas e outra partida, mesa, esquina
*
deus me livre das lombadas dos códigos de barras do anonimato do clube de leitura do prêmio quelônio do dinheiro dinamite de ser reconhecido na fila do mercado de ser encontrado semidecomposto num quarto solitário comido pelo gato indigente cercado de parentes da tristeza perpétua da vontade de viver de ter muitos amigos de não os ter ganhar biografia direitos autorais esquecido pelas traças do banco de dados dos homens do tempo de continuar aqui agora pra sempre escrevendo de não ter o que escrever amém, seja o que for, amém
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quando descobrir
outro planeta
a sucessão de letras
pra que serve
vai se sentir
um tanto tonto
"ah era isso"
"se eu soubesse"
fecha a conta
bate o ponto
não paga e some
dos desejos
e de todos
os outros
*
enquanto isso
mais ou menos
sete bilhões de pessoas
estão vivendo
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