domingo, 21 de dezembro de 2014
História do vazio
bancos em flores e namorados no jardim, o vazio nasce entre formigas mínimas, sementes do infinito, e brota crescendo de pouco em pouco / o vazio vai engolindo as graminhas e as florzinhas e os animaizinhos, insetos depois pássaros e gatos e cachorros, a cavalaria da polícia, o vazio engole a polícia / e os namorados, e os bancos onde os velhos estão sentados, e os velhos com seus passados / uma sirene é acionada, mas o vazio engole o som e agigantado chega ao céu / o vazio engole o céu, e debaixo dele, e se espalha até que abrange o planeta e os planetas e a galáxia / enquanto houver matéria de qualquer maneira o vazio continuará crescendo / nos confins do desconhecido ele encontra a sua fronteira / e já não é necessário / o vazio se funde ao que não estava / e era impossível / e o esperava
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