o mundo dá sinais de cansaço, bobagem
o mundo não dá sinais
nem ponteiros nem planetas deixam ver
o que está acontecendo
fósseis dormem tranquilos e nunca serão encontrados
tudo o que é vivo vai morrer
metralha verdades na parede do nada
quem sabe onde vamos chegar
e no entanto o corpo sua
com esse calor que se abate
dois mil e dezessete ano zero antropoceno
tufões nunca vistos pela espécie
nos põem pra suspirar
entre veias e artérias
circulam verbos que só se conjugam no infinitivo
no osso
sinto um poço
me afundando
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