Sentados em volta da mesa
aos gritos escutando a advogada
que diz dos riscos de policiais
armados disfarçados de civis
mesmo os civis são perigosos
vivem nos covis do medo
Meninas, meninos e meninas
decidem como irão receber
os jornais e os exércitos que
dirão "Vocês não podem mais fazer
a vida como a querem ter"
E escolhem entre correntes e cadeados
amarrados nos seus corpos pequenos
e nas pilastras da escola ocupada faz um mês
E uma saída na surdina de madrugada
com pais de testemunha e portões abertos
à retomada da ocupação assim que os juízes e o exército
se esquecerem deles
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