País com nome de madeira e dinheiro
Cor, temperatura e esperança de futuro
As fronteiras são erosões bem calculadas
É impossível te conhecer com os pés
Com a boca, então, nem se fala
Uma gonorreia adormecida em cada família
Os estupros te povoam e engrandecem
Nunca antes se disse tanto em língua portuguesa
E golpes de estados que mudam tudo continua o mesmo
Desertos povoados de flores brutas improváveis
Um quilômetro quadrado com a maior biodiversidade do planeta
Muros torturas meninos de rua declamam poemas
Fardas e firulas e forrós nulos caixa de som da madrugada
Dez entre dez terroristas e traficantes preferem teu passaporte
Um abismo de vantagens se abre à nossa frente
Não tem nada que não se pague com o riso e o crediário
Pátria do apesar
Um tsunami de açúcar ameaça afundar a ilha
Bocas abertas te esperam
Corações cariados te esperam
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