mas
um
dia
o peito
leve
acorda
pulmões
depois
de uma batalha pelo ar
suspiram
alívio
éter no lugar de chumbo
queridos
dias
agentes de tortura do Tempo
alternam
a mão
forçando minha face no esgoto
e o peito
macio
recebendo minha cabeça cansada
até
quando
vou
aguentar essa alternância
de amor e desespero
e silêncio sereno antes da angústia
o Tempo
numa sala
iluminada e distante dos porões da verticalidade
em que a massa do planeta
torna tudo
mais
lento
aguarda
que eu responda
essa pergunta
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