quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Marcião
Deixa ela me bater! Um bando de bunda-mole vem separar. Continuo pondo o dedo na cara da mina e levo um chute. Quem você pensa que é?! Cê acha que eu vou revidar?! Todo mundo vai embora, ninguém me dá mais trela. Falta meia garrafa pra beber. “Você é um babaca”, alguém grita de longe. Bebo o resto. Ele anda em círculos no meio da rua. Leva um coió da polícia e senta entre as árvores. Quando amanhece, a cabeça pesa, não lembro de mais nada. Olho a primeira que passa. “Gostosa.” Ela nem imagina. Se imaginasse, também me batia.
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